21 de outubro de 2009

MODELOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA ESCOLA







A partir da leitura do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (KLEIMAN, 2006), e do estudo da apresentação, pode-se dizer que a escola, sendo a mais importante agencia de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim com um tipo de letramento, o escolar, porque a ela foi concebida historicamente esta função, o de direcionar seu trabalho exclusivamente para o processo de aquisição de códigos, ensinarem o reconhecimento das letras e números (alfabético, numérico), com isso diferenciando somente os ditos alfabetizados dos analfabetos.


A escola não tem formado sujeitos letrados e essa concepção de aprendizagem da linguagem da escrita com o desenvolvimento da linguagem abstrata choca-se com as práticas entendidas como leitura crítica e resgate da cidadania.





O exemplo de modelo de letramento ideológico permite discutir os pressupostos do modelo de letramento autônomo, relativizando e tornando-se um elemento potencial de transformação da prática escolar.

LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE





Os professores têm a obrigação de falar e ler “correto”, abordar a leitura, sem considerar a escrita, é uma tarefa que não conseguiríamos levar adiante, pois a leitura e a escrita depende de regras da língua padrão.

É necessário que aja uma modificação nos métodos de aproximação dos fatos gramaticais, para que haja proveito para nossos alunos e que estes possam, ver as vantagens de uma reflexão sobre a língua, que resulte mais tarde numa sistemática desejável.

Acredito que ler e falar corretamente contribuirá para o aluno se preparar para ser inserido na sociedade. Ler e falar corretamente faz com que a pessoa se sinta mais confiante e com a “sensação” de que é parte integrante do meio. É uma das formas de desenvolver a autonomia.

CONCEITOS E FUNÇÕES DA EJA



Parecer CNE/CEB 11/00 - Conceito e funções da EJA


  • FUNÇÃO REPARADORA DA EJA, no limite, significa não só a entrada no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito negado: o direito a uma escola de qualidade, mas também o reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano.


  • FUNÇÃO EQUALIZADORA DA EJA vai dar cobertura a trabalhadores e tantos outros segmentos sociais como donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados. A reentrada no sistema educacional dos que tiveram uma interrupção forçada seja pela repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou outras condições adversas, deve ser saudada como uma reparação corretiva, ainda que tardia, de estruturas arcaicas, possibilitando aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e na abertura dos canais de participação.

  • FUNÇÃO QUALIFICADORA DA EJA – A tarefa de propiciar a todos a atualização de conhecimentos por toda a vida é a função permanente da EJA que pode se chamar de qualificadora. Mais do que uma função, ela é o próprio sentido da EJA. Ela tem como base o caráter incompleto do ser humano cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não escolares.


A escola deve prever a seqüência mais adequada de tratamento dos componentes curriculares em espaços ou módulos de tempo, possibilitando ao aluno transitar por este currículo de acordo com o seu ‘tempo próprio’ de construção das aprendizagens.

A fixação da duração do curso é uma prerrogativa da Lei; a organização desse tempo é uma tarefa pedagógica; tornar viável esse cumprimento é uma solução a ser buscada na esfera administrativa.

O MENININHO


“O professor, além de ensinar, passa a aprender e o aluno além de aprender passa a ensinar. Nesta relação professor e aluno avançam no tempo. O professor construirá sua docência dinamizando seu processo de aprender. Os alunos construirão a cada dia sua discência, ensinando aos colegas e professor novas coisas, isto avança o processo de construir conhecimentos.” Paulo Freire






Em “O menininho”, de Helen Buckley, em que a professora dava modelos prontos e os alunos tinham que reproduzi-las mecanicamente, foi gradativamente podando a criatividade e a espontaneidade do menino.



A comunicação entre professor e aluno, é o fator determinante para que se tenha um aprendizado significativo, enfocando os princípios de valores, cooperação, ética, de forma que se oportunizem as trocas e vivências, sabendo lidar com as diferenças e a individualidades, respeitando cada um em sua diversidade e singularidade.


Os desafios a serem vencidos e os objetivos atingidos, baseiam-se em saber reconhecer as necessidades e os desejos do aluno, criando uma relação de confiança, dando oportunidade para que o aluno trabalhe de forma independente e que os mesmos tenham responsabilidades pelo planejamento de suas atividades.


Não quero ser como a professora da história, quero poder fazer a diferença na formação destes alunos, que possam desenvolver ações a partir de suas potencialidades, buscando caminhos satisfatórios para a compreensão do conhecimento, propiciando condições para a construção da autonomia, da cidadania e de uma sociedade emancipatória e justa.








COMÊNIO



Comênio já abordava sobre a necessidade de dar educação a todos, sem distinção de sexo, chamando a atenção dos educadores para a importância de se respeitar a capacidade de compreensão do aluno, como seres humanos dotados de inteligência, sentimentos e limites, usando um método onde os alunos aprendessem uma aprendizagem significativa e não decorassem simplesmente.

Esta aprendizagem deve ser iniciada pelos sentidos, da preocupação, da experiência do aluno e não a partir de teorias abstratas.



Comênio mostra a importância do bom relacionamento entre professores e alunos e a importância de oportunizar situações onde os alunos com maior facilidade de aprendizagem auxiliem os que têm maior dificuldade (cap. 19).




A obra mais importante de Comênio, "Didática Magna" (1657), marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente, inicialmente escritacomo "Didática checa", na qual ele desenvolveu suas idéias sobre o ensino. Já no prefácio, Comênio revela seu interesse pelo método: "A proa e a popa da nossa Didática será investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais."

Procuro a partir da experiência dos alunos, desenvolver estas habilidades em minha práxis, oportunizando situações em que os alunos exponham o que já sabem sobre o assunto trabalhado, que troquem experiências, que pesquisem e construam alternativas para a solução de problemas de forma a valorizar os saberes e aprendizagens dos alunos.

FORDISMO E TAYLORISMO


Realizando a leitura do texto de Santomé, este chama a atenção para as mudanças ocorridas a partir do século XX, referente à necessidade de introduzir as questões sociais e os problemas diários enfrentados na sala de aula. De acordo com as idéias de Taylor, os trabalhadores não podiam participar dos processos de decisão. Assim como no Fordismo, que demonstra uma filosofia que os interesses e as necessidades dos trabalhadores não tinha importância, somente o que eles produziam, trabalhando mecanicamente, sem compreender o todo, nem o sentido do que faziam.


Isto se refletiu na educação, onde os conteúdos que formaram o currículo escolar eram trabalhados de forma isolada, ignorando que o verdadeiro sentido da escola existir é o de preparar cidadãos para compreender, julgar e intervir na sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática.


É evidente que a educação ao longo da história ainda se depara com problemas decorrentes das filosofias do Taylorismo e do Fordismo, pois os professores não recebem a devida valorização e nem seus alunos.

18 de outubro de 2009

ALFABETIZAÇÃO E A PEDAGOGIA DO EMPOWERMENT POLÍTICO


No texto “Alfabetização e a pedagogia do empowerment político” de Henry Giroux, o autor fala da descentralização de poderes pelos vários níveis hierárquicos da organização, permitindo a criação de maior motivação nos trabalhadores, motivação para a liberdade e livre iniciativa, ou seja, a autonomia. Freire revela a consciência política do ato educativo, baseado na problematização da realidade do aluno, dentro do contexto educativo, na busca da reflexão e da criticidade, apostando no ato pedagógico para a construção da libertação do indivíduo.
Freire nos aponta a importância e a necessidade de uma reflexão na qualidade de educadores, devemos criar o senso crítico buscar os conhecimentos e as vivências dos educandos como instrumento de aprendizagem. As condições mínimas para que exista a inclusão é ler e escrever.

SURDEZ






Constatamos que existem dificuldades até hoje em relação a esse tipo de diagnóstico, que realmente, há uma resistência, seja por falta de conhecimento, de cultura e do próprio preconceito, e até por vergonha da sociedade. Muitas vezes confinam essas crianças em suas próprias casas.

Isso se confirma como mostrado no filme, onde a sociedade trata Jonas como um incapaz, que não tem condições de realizar qualquer tarefa sozinha, e em função disso os pais deveriam mantê-lo afastado da rua, de tudo e de todos, simulando uma falsa proteção.

Mesmo diante de todas as dificuldades e todos os empecilhos, sempre existe alguém, que entende e que consegue se relacionar com a pessoa procurando alternativas para integrá-la na sociedade, como no filme.

Apesar de ser ficção, “a história de Jonas”, é uma realidade.

Há a necessidade de entender a situação das famílias e ter sensibilidade para perceber que estas pessoas se preparam para uma situação dita “normal” e se deparam com uma realidade “diferente”, e nestes casos são obrigadas a se ajustarem e a buscar alternativas que aliviem seu sofrimento e também, mascarar, camuflar esta situação para os que estão ao seu redor, de forma que estes não se sintam constrangidos ou incomodados.

Acredito que para haver a interação com as pessoas surdas, o aspecto mais importante é a língua de sinais. O surdo sabe ler e escrever, desta forma pode se comunicar. Para que haja uma comunicação e uma interação, tenho a necessidade, além de conhecer a Língua Brasileira de Sinais – Libras, também a Cultura Surda, através da vivência em sua comunidade.