30 de setembro de 2010

Reflexões

Durante todos os dias, na execução das atividades propostas, para que os alunos participassem de forma efetiva e a produção fosse satisfatória, usei várias estratégias, repensei algumas atividades, alterei planejamentos, mas o principalmente fiz o uso do diálogo, da interação, com objetivo de construir uma relação de harmonia e bem-estar.
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De um modo geral, vou condicionar que a rotatividade dos alunos durante esta semana, se deve as condições climáticas (chuvas), considero muito produtiva e satisfatória. Não fiz um planejamento esperando uma reprodução fiel do que foi transmitido ou “ensinado” e avaliar se os objetivos foram alcançados. Fiz numa perspectiva de me avaliar e verificar se os métodos e técnicas utilizadas contribuirão para a construção do conhecimento, da identidade e da autonomia do aluno. Levei em conta ao fazer o planejamento, oferecer um espaço onde a criança se sinta valorizada, respeitada em seus desejos e expectativas, levando em conta sua diversidade social e cultural. Principalmente a realidade e o meio em que vive.
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Segundo Lino de Macedo (1998),

“para uma criança, a vida é ainda mais frágil e complexa que para um adulto. Assim sendo o esforço adaptativo se resume a uma necessidade vital que a criança tem, e lhe é solicitada pela sociedade, que consiste em aprender para poder sobreviver. Durante esse processo, a criança utiliza jogos e brincadeiras, não importando a estrutura de ambos. Estes são uma espécie de folga no esforço adaptativo.”
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22 de setembro de 2010

Era uma vez ...

"Era uma vez..."
Este sempre é o começo usado para transpor o mundo real. Do real para o imaginário. Muitas vezes, na expectativa de sermos brindados com um mundo de fantasias, onde as pessoas comuns são transformadas em super-heróis e o bem sempre vence o mal. Algumas vezes não, mas nem por isso, deixamos de ler, contar ou ouvir histórias.
Nessas horas nos permitimos refletir sobre a vida, sobre nós mesmos, caminhos tomados, rumos interrompidos, sonhos desfeitos, as conquistas, e, principalmente, a realização dos desejos...
Vygotsky, contribui com seus estudos do brincar, o faz-de-conta, afirmando que ele irá permitir que a criança aprenda e elaborar e resolver situações conflitantes que vivencia ou vivenciará no seu cotidiano.
A entrada da criança no mundo do faz-de-conta, marca uma nova fase de sua capacidade de lidar com a realidade, com os simbolismos e as representações, iniciando o processo de socialização, o qual está ligado ao desenvolvimento da identidade e autonomia, que o levará ao encontro do seu Outro-Eu.
Segundo Louis Paswels:
“Quando uma criança escuta, a história que se lhe conta penetra nela simplesmente, como história. Mas existe uma orelha detrás da orelha que conserva a significação do conto e o revela muito mais tarde”.
A pretensão, nesta fase que reinicia, é explorar o mundo imaginário da criança, desenvolvendo uma proposta que contribua significativamente na construção da identidade e da autonomia, frente às diversidades encontradas no cotidiano, integrando-as nas diferentes áreas do conhecimento.

"A principal atividade da criança até os seis anos é o brinquedo: é nele e por meio dele que ela vai se constituindo. Não se deve impor a seriedade e o rigor de horários de atividade de ensino para essa faixa etária. O trabalho com a criança até os seis anos de idade não é informado pelo escolar, mas um espaço de convivência específica no qual o lúdico é o central." Parecer CNE/CEB nº 39/2006, aprovado em 8 de agosto de 2006

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