18 de junho de 2009

O CLUBE DO IMPERADOR

O filme O Clube do Imperador, trata de um drama que envolve um professor de história, Sr. Hundert e um aluno que é obrigado pelo pai a estudar, Sedgewick Bell.
Desde o primeiro dia de aula, a insolência e a displicência estão presentes nas atitudes de Bell, tentando chamar a atenção de todos com suas gracinhas de mau gosto. Hundert o aconselha a deixar a estupidez de lado e estudar, empresta-lhe um livro dizendo que todas as matérias e assuntos estão nele e que irão ajudá-lo no Concurso Julio Cesar e o vencedor ganhará um coroa de louros como na Roma Imperial. Bell se dedica aos estudos.
O drama tem inicio quando Hundert está avaliando o ensaio dos alunos e fazendo a lista dos classificados, ao perceber que Bell foi bem nas provas mas não ficou entre os três finalistas, Hundert entra em conflito. Hundert acredita que Bell merece uma chance, mesmo sabendo que outro aluno tinha se saído melhor nas provas, deixa seus princípios éticos de lado e levado pela emoção, coloca Bell entre os três finalistas.
Durante a final do concurso, Hundert percebe que Bell está colando e tentando corrigir uma injustiça, pois para o professor, a vida de um cidadão deveria ser regida por princípios de integridade e honestidade, comunica o diretor o que estava ocorrendo. E então percebe que os valores que ele pregava e acreditava não eram compartilhados pelo diretor, que ao saber do fato simplesmente diz a Hundert para ignorar o ocorrido, pois o pai de Bell estava presente, um senador sem escrúpulos e com uma visão de valores corrompidos e deturpados, o qual só importa o poder e desprezando qualquer constituição de caráter e integridade.
Desacreditado na capacidade de a escola mudar o caráter do ser humano, Hundert se decepciona, numa tentativa de aplacar sua consciência moral e ser justo, faz então uma pergunta que não estava no contexto e que Bell responde dizendo não saber quem era Shutruk Nahunt, fazendo assim que o outro candidato fosse o vencedor.
Na decisão de Hunter, os princípios morais envolvidos foram a ética, integridade, justiça e caráter.
Quanto à decisão de Hundert em relação à manipulação dos resultados das provas para a classificação final e do resultado final do concurso, acredito não ter sido uma decisão correta, pois nas duas situações ele se deixou levar primeiramente pela emoção e não pela razão. Na tentativa de recuperar Bell e acreditar ser capaz de mudar o seu caráter e sua conduta, esqueceu de todos os princípios que acreditava e pregava, a ética e a retidão de conduta, o que o levou a um grande conflito moral e a culpa por ter prejudicado o aluno desclassificado.
E a questão de Hundert ter pedido desculpas a Martin vinte e cinco anos depois, deve-se ao fato que, Bell investiria alguns milhões de dólares na escola se tivesse uma revanche do concurso e que Hundert fosse o mediador, novamente Bell lhe mentiu e enganou. Levando-o dessa forma pedir a Martin desculpas e se redimir, confessando seu fracasso como professor. Martin não se sentiu prejudicado e disse a Hundert que ele não podia se culpar por um único fracasso. Os outros alunos provaram a Hundert que ele não havia falhado como professor, e por melhor que seja o professor, este não tem o poder de “moldar” o caráter de uma pessoa, a menos que a própria pessoa permita.